top of page

Você lê pensamentos?

Foto do escritor: Edvanderson RodriguesEdvanderson Rodrigues

Um erro grandioso que cometemos é imaginar que sabemos o que o outro sente, pensa, deseja... e a partir dessa su-po-si-ção tomamos decisões, ficamos emburrados, arranjamos briga, criamos DRs, etc. Isso é inclusive considerado um erro cognitivo.

A questão é que a minha leitura do mundo, a maneira como eu interpreto a vida é baseada no que eu vivenciei, na minha história desde a gestação, ao longo da infância, adolescência, juventude... tudo isso foi criando em mim uma maneira peculiar e particular de ver e interpretar a vida, e aqui eu vou demonstrar de maneira figurada através de óculos com lentes amarelas... é como se toda a minha vivência me fizesse ter filtros mentais que me obrigassem a ver o mundo em amarelo.

Agora, imagine que eu me casei com alguém que também teve vivências distintas desde a gestação, infância, adolescência, juventude, passou por outros tipos de traumas, frustrações, alegrias e tristezas e por isso hoje essa pessoa vê o mundo com lentes rosa.

Então, quando acho que estou sabendo o que o outro pensa e sente, na verdade é uma aposta baseada na minha história, na minha vivencia de mundo... E por isso minha chance de errar é enorme, e assim acontecem tantas discussões entre casais, entre familiares, entre amigos, entre colegas de trabalho e etc... Achamos que as pessoas precisam pensar como eu penso, sentir como eu sinto, desejar como eu, mas cada um tem uma visão de mundo distinta da minha. Brigar com ela, fazer chantagem emocional não vai mudar a interpretação de mundo que ela tem...

Para que pessoas consigam conviver em harmonia, a primeira coisa é entender isso: eu e ele (ou ela) vemos e sentimos as coisas de modo diferente, e não há problema algum nisso, isso é completamente normal! Não somos robôs com programações idênticas, somos seres humanos!

Em segundo lugar, precisamos tentar, ao menos durante os impasses, vestir os óculos do outro... não vai dar pra fazer literalmente pois a vivência de um não passará ao outro, mas um outro nome pra isso é empatia, é tentar entender os motivos que o meu cônjuge, meu filho, meu pai tem e buscar um novo acordo, um novo contrato que satisfaça a ambos.

Isso vai te levar a não menosprezar, minimizar os sentimentos, emoções, desejos e dores do outro. Mesmo que pra você seja algo banal, talvez seja a sua percepção através de SUAS lentes, mas pelas lentes dele(a), aquilo é importante, talvez vital.

Essa semana eu li uma frase incrível que resume tudo isso que eu falei: “Quando entendemos que toda opinião é uma visão carregada de história pessoal, compreendemos que o julgamento é uma confissão”

Da próxima vez que você se achar o Professor Xavier, ou a Jean Grey, lembra desse vídeo...

Pense nisso!


0 visualização0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


Post: Blog2_Post

Tags: Amor, emoção, lar, relacionamento, esposa, esposo, filho, filha, pai, mãe, marido, mulher, casal, casamento, cônjuge, conjugal, sexo, sexual, sexualidade, romantismo, romântico, família, familiar, terapia, terapeuta, divórcio, terapia online, ansiedade, depressão, stress, estresse, sindrome do pânico, luto, sistêmico, raiva, ódio, mindfulness, mentoria, transtorno alimentar, anorexia, bulimia, abuso sexual, violência doméstica, fobia, Freud, Freudiana, psicanálise, psicanalista, análise, terapia familiar, terapia sistêmica, Incompatibilidade sexual, ciúmes, Infidelidade, Edvanderson

bottom of page