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Síndrome do Tarzan: por que sair pulando de ‘galho em galho’ vai acabar com o seu emocional?

Foto do escritor: Edvanderson RodriguesEdvanderson Rodrigues

Esse termo deriva da ideia de que, assim como o personagem Tarzan, a pessoa se agarra a um novo cipó antes de soltar o anterior.

 Erem Carla

 

Sair pulando de ‘galho em galho’ nos relacionamentos é prejudicial e pode causar consequências emocionais! Você já se sentiu em um relacionamento que parece mais uma selva cheia de desafios relacionados ao passado do seu companheiro? A Síndrome do Tarzan, um fenômeno que afeta cada vez mais casais, revela como padrões prejudiciais podem minar o amor e a intimidade.


 

No contexto das relações amorosas, essa síndrome refere-se ao comportamento de uma pessoa que inicia um novo relacionamento antes mesmo de encerrar emocionalmente o anterior, explica a psiquiatra, Cíntia Braga, em entrevista ao Terra Você.

 

De acordo com a especialista, esse termo deriva da ideia de que, assim como Tarzan, personagem do desenho animado da Disney, se agarra a um novo cipó antes de soltar o anterior, algumas pessoas se "agarram" a um novo parceiro sem se permitirem um tempo sozinhas. 

 


“Esse comportamento é considerado tóxico porque impede o indivíduo de processar adequadamente o fim de um relacionamento, o que pode afetar a qualidade das suas conexões futuras”, diz a profissional.

 

A origem da síndrome

A médica explica que a Síndrome de Tarzan está frequentemente associada a uma insegurança emocional profunda e à dependência afetiva. Algumas das causas podem incluir:

  • Medo da solidão: Muitas vezes, as pessoas que sofrem com essa síndrome têm dificuldade em lidar com a solidão, o que as leva a buscar constantemente a companhia de um parceiro.

  • Traumas passados: Experiências traumáticas, como abandono emocional ou rejeição na infância, podem predispor a pessoa a temer o rompimento e a busca incessante por um novo relacionamento.

  • Falta de autoconhecimento: Pessoas com baixa inteligência emocional podem ter dificuldade em reconhecer e processar seus sentimentos, preferindo se distrair com novos parceiros.

 

Atenção aos sinais que podem indicar síndrome

A médica conta que existem alguns sinais comuns que indicam que alguém está passando pela Síndrome do Tarzan em um relacionamento. Eles incluem:

 

  • Transição rápida entre relacionamentos: A pessoa raramente fica sozinha e se envolve com um novo parceiro logo após o término de um relacionamento anterior.

  • Falta de reflexão sobre o relacionamento passado: Não há um período de luto ou de autoanálise, o que indica uma fuga de questões emocionais.

  • Desconforto com a solidão: Uma incapacidade de permanecer solteiro por medo do isolamento ou vazio emocional.

  • Relacionamentos superficiais ou codependentes: A necessidade constante de estar em uma relação faz com que a pessoa crie vínculos frágeis ou baseados na dependência emocional, e não em uma conexão saudável e profunda.


Comportamento causa impactos nas relações

A Síndrome do Tarzan pode ter um efeito profundamente negativo na dinâmica emocional entre o casal. Segundo a psiquiatra, as principais consequências incluem:

 

  • Falta de intimidade emocional: Como a pessoa não processou o término anterior, ela pode trazer bagagens emocionais não resolvidas para o novo relacionamento, prejudicando a confiança e a comunicação.

  • Insegurança e instabilidade: O parceiro atual pode se sentir inseguro, temendo ser apenas um "substituto" ou "refúgio", e o relacionamento pode ser permeado por desconfiança e insegurança mútua.

  • Repetição de padrões tóxicos: A falta de aprendizado com o relacionamento anterior pode resultar na repetição dos mesmos erros e dinâmicas prejudiciais.

  • Sintomas ansiosos e de humor: A pessoa pode experimentar ansiedade devido ao medo constante de estar sozinha e pessimismo pela incapacidade de estabelecer vínculos verdadeiramente satisfatórios.

  • Baixa autoestima: A necessidade de estar sempre em um relacionamento pode ser alimentada por uma autoestima frágil, que depende da validação externa. 

  • Codependência: A pessoa pode desenvolver uma dependência emocional excessiva do parceiro, prejudicando seu senso de identidade e autonomia. Além de poder apresentar ciúmes excessivos de ambas as partes. 


Procurar ajuda é essencial

A psiquiatra destaca que a terapia desempenha um papel essencial no tratamento da Síndrome de Tarzan, seja em contexto individual ou de casal. Algumas abordagens eficazes incluem:

 

  • Terapia cognitivo-comportamental: Pode ajudar a pessoa a identificar e modificar os padrões de pensamento negativos que alimentam o medo da solidão e a necessidade constante de estar em um relacionamento. 

  • Terapia focada na dependência emocional: Focar em técnicas para construir uma identidade e autoestima independentes do outro é fundamental.

  • Terapia de casal: Se ambos os parceiros estiverem dispostos a trabalhar na relação, a terapia de casal pode ajudar a construir uma comunicação mais saudável e a restaurar a confiança e a intimidade emocional.

  • Mindfulness e práticas de autorreflexão: Essas técnicas podem auxiliar o indivíduo a desenvolver uma maior consciência de suas emoções e necessidades, favorecendo um período de introspecção saudável entre relacionamentos.

 

Em suma, a Síndrome de Tarzan reflete uma dificuldade em lidar com a solidão e a perda, levando à perpetuação de relações emocionalmente insatisfatórias. “O tratamento adequado, com foco na autoestima, independência emocional e no processamento de feridas passadas, é essencial para quebrar esse ciclo”, conclui a especialista.

 






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