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Sofre com Síndrome de Rebecca? Veja os sinais e como tratar

Sofre com Síndrome de Rebecca? Veja os sinais e como tratar

Imagem: Fmdos
Imagem: Fmdos

Psicólogo explica como a Síndrome de Rebecca pode impactar na relação atual, bem como formas de tratamento.

 

Autor: Lucas Quirino

 

Síndrome de Rebecca: ciúmes retroativo impacta diretamente na relação atual.

Ter curiosidade sobre o passado do(a) companheiro(a) é algo comum em qualquer relacionamento. Querer saber o histórico amoroso pode ser algo simples, mas, em níveis elevados, pode trazer à tona um ciúme obsessivo, fazendo com que histórias e experiências passadas afetem diretamente o atual relacionamento. Esse “ciúme retroativo” é conhecido como Síndrome de Rebecca.


O termo Síndrome de Rebecca é uma referência ao filme de Alfred Hitchcock, inspirado no romance Rebecca, a Mulher Inesquecível, de Daphne du Maurier. Na história, um viúvo se casa novamente, mas as constantes menções à ex-mulher, Rebecca, fazem com que a nova esposa fique cada vez mais insegura.


 

“A Síndrome de Rebecca, também conhecida como ciúme retroativo, é caracterizada por um ciúme intenso e persistente em relação ao passado do parceiro amoroso. A pessoa afetada se sente perturbada, atormentada por relacionamentos, experiências e vivências anteriores do seu companheiro, mesmo que estes já tenham terminado”, explica o psicólogo e especialista em psicoterapia de casal, Fernando Santos, em entrevista ao DOL.

 

Sintomas/sinais e impactos na relação

O especialista afirma que a Síndrome de Rebecca se manifesta por meio dos seguintes comportamentos:

  • Curiosidade excessiva: Busca incessante por informações sobre o passado do parceiro, vasculhando redes sociais, perguntando insistentemente sobre ex-namorados(as) e relacionamentos passados.

  • Comparações: A pessoa se compara constantemente com os antigos amores do parceiro, sentindo-se inferior ou inadequada.

  • Idealização do passado: O passado do parceiro é romantizado e visto como uma ameaça ao relacionamento atual.

  • Insegurança e baixa autoestima: A pessoa se sente insegura em relação ao seu valor e à capacidade de amar e ser amada.

  • Controle: Tentativa de controlar o presente do parceiro para evitar que ele repita comportamentos do passado.

  • Ciúme patológico: Sentimentos intensos de ciúme, raiva, possessividade e medo de perder o parceiro.


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Fernando Santos aponta que esses comportamentos podem ocasionar em sérios impactos no relacionamento presente, gerando:

  • Conflitos constantes, com discussões frequentes motivadas por ciúmes e desconfiança.

  • Distanciamento emocional, pois o clima de tensão e as brigas constantes criam um fosso entre o casal.

  • Desgaste da relação, tornando-a sufocante e exaustiva para ambos os parceiros.

  • Ruptura, visto que, em casos extremos, a Síndrome de Rebecca pode levar ao término do relacionamento.


O psicólogo destaca também que as redes sociais podem ser um gatilho para a Síndrome de Rebecca. “Elas fornecem acesso fácil a informações sobre o passado do parceiro, fotos, comentários e interações com ex-namorados(as), alimentando a curiosidade, as comparações e a insegurança. A facilidade de acesso e a quantidade de informações disponíveis nas redes sociais podem intensificar os sintomas da síndrome e tornar o controle do ciúme ainda mais difícil”, alerta Fernando.

 

Síndrome de Rebecca x Síndrome de Otelo

O ciúme obsessivo e patológico é um problema em qualquer fase de uma relação, mas, a depender do foco e do direcionamento, essas patologias possuem denominações diferentes. Seja pelo ciúme do passado (Síndrome de Rebecca) ou pelo presente (Síndrome de Otelo), ambas as situações afetam diretamente o convívio e a harmonia de um casal.

“Na Síndrome de Rebecca, o ciúme é voltado para o passado do parceiro, enquanto na Síndrome de Otelo, o ciúme é direcionado para o presente, com suspeitas infundadas de traição e uma busca constante por evidências de infidelidade”, explica o especialista em psicoterapia de casal.


Como tratar?

O psicólogo destaca que o tratamento da Síndrome de Rebecca geralmente envolve psicoterapia individual e/ou de casal. Algumas abordagens terapêuticas podem ser utilizadas, como:

  • Gestalt-terapia: Promove a autoconsciência e o contato com as próprias emoções, auxiliando na compreensão dos padrões de relacionamento e na construção de relações mais saudáveis.

  • Psicoterapia de casal: Facilita a comunicação e a resolução de conflitos no relacionamento.



Fernando Santos explica que o objetivo do tratamento é auxiliar a pessoa a lidar com o ciúme, aumentar a autoestima, desenvolver segurança no relacionamento e construir uma vida mais saudável e equilibrada.

“É importante lembrar que a Síndrome de Rebecca pode ser superada com ajuda profissional. Buscar apoio psicológico é fundamental para compreender as causas do ciúme, desenvolver estratégias de enfrentamento e construir relacionamentos mais saudáveis”, reforça o psicólogo e especialista em psicoterapia de casal.

 

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