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População reage com indignação e governo impõe censura digital para tentar conter escândalo. Por Alexandre Borges.
O escândalo envolvendo Baltasar Ebang Engonga, diretor da Agência Nacional de Investigação Financeira e filho de um líder da Comunidade Econômica e Monetária da África Central, tem provocado comoção na Guiné Equatorial.
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Com mais de 400 vídeos íntimos vazados, mostrando Ebang em encontros sexuais com mulheres, incluindo esposas de altos funcionários, o caso se tornou um dos maiores escândalos já vistos no continente, abalando o círculo político e a sociedade.
Entre as mulheres envolvidas estão figuras de destaque na política e na sociedade do país, como a esposa do procurador-geral, a filha do diretor-geral da polícia e até mesmo familiares próximos de Ebang, como a esposa de um de seus irmãos e a esposa grávida de um de seus tios. As gravações, feitas no próprio gabinete de Ebang no Ministério das Finanças, foram amplamente disseminadas.
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A população reagiu ao caso com uma mistura de choque, curiosidade e indignação. O vice-presidente Teodoro Nguema Obiang Mangue anunciou medidas drásticas, incluindo a suspensão de funcionários envolvidos em atividades sexuais nos ministérios, a instalação de câmeras de segurança em repartições públicas e a restrição do acesso à internet, tentando controlar a disseminação dos vídeos.
“Não podemos ver famílias sendo destruídas e ficarmos parados”, declarou. A medida, no entanto, gerou frustração entre cidadãos que veem seu acesso à internet bloqueado, especialmente em meio a uma busca viral por informações sobre o escândalo.
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Com as restrições de internet, rumores e especulações sobre o caso também se espalham, enquanto a população acompanha com expectativa as possíveis consequências legais e políticas. Entre as medidas em curso, Baltasar Ebang já está preso por suspeita de desvio de fundos, e novas acusações podem surgir caso ele seja diagnosticado com doenças sexualmente transmissíveis, o que o sujeitaria a processo por crime contra a saúde pública. A repercussão internacional e o impacto negativo na imagem do país são outros pontos de preocupação entre as autoridades locais.
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